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14.5.19

A infeliz reconstrução do monumento a António Nobre

Dois anos após o desaparecimento do busto de António Nobre, a Câmara do Porto procedeu à reconstrução do monumento ao poeta, situado no Jardim de João Chagas, na Cordoaria, com tanta infelicidade, ou incompetência, que do original, inaugurado em 1927, resta apenas a estrutura em mármore rosa, projectada pelo arquitecto Correia da Silva, autor do mercado do Bolhão. Os motivos em bronze, da autoria de Henrique Moreira, que decoravam o monumento continuam desaparecidos.

Mas recuemos no tempo, levados por José Manuel Lopes Cordeiro que, numa memória da cidade publicada em 2002 no jornal Público, nos descreve assim a inauguração do monumento por Augusto Ferreira Nobre, sobrinho do poeta: «ao som da "Portuguesa" executada pela banda do Asilo do Terço, foi então arrancada a bandeira nacional, que cobria o monumento, perante uma numerosa assistência de individualidades dos mais variados quadrantes da vida política e intelectual da cidade, que puderam assim admirar o "peculiar sorriso característico" de António Nobre, que Sant'Anna Dionísio descreve, no "Guia de Portugal", apresentar "uma tristeza levemente desdenhosa e transcendente"».

Pois nem o referido sorriso do poeta sobrou para o futuro porque o busto, do escultor Tomás Costa, foi substituído por uma miniatura ridícula vagamente aparentada com a escultura que os portuenses contemplaram na Cordoaria durante noventa anos.
Digamos que neste exemplo de restauro e reabilitação a Câmara do Porto esteve ao nível da D. Cecilia Giménez, que em 2013 repintou um fresco de uma igreja em Borja, Saragoça, de forma tão grotesca que correu mundo, atraindo inúmeros visitantes àquela localidade para observarem "in loco" tamanha barbaridade.

Para ver o abandono a que este monumento foi deixado ao longo de anos, prima aqui.

1.4.17

O desaparecimento do busto de António Nobre no JN


O Jornal de Notícias de hoje aborda, na sua edição em papel, o desaparecimento do busto de António Nobre do jardim de João Chagas. O jornal tentou, em vão, obter esclarecimentos sobre esta matéria junto da Câmara Municipal do Porto. Entretanto, a agência de notícias Lusa difundiu uma notícia redigida com base numa fonte do gabinete de comunicação da câmara, onde é afirmado que o busto do poeta portuense foi roubado em Janeiro passado, tendo o caso sido comunicado à PSP.



A CMP, que não faz qualquer referência ao abandono a que o monumento a António Nobre está votado há pelo menos dez anos, afirma ainda que o fenómeno do vandalismo na cidade do Porto existe, não é menor, ou seja, é algo que tem a sua importância e que tem vindo a ser acompanhado pela câmara e pelas autoridades. Para ler a notícia da Lusa clique aqui.

30.3.17

Só lhe faltava isto



O busto em bronze de António Nobre desapareceu do Jardim de João Chagas, na Cordoaria, há pelo menos um mês. A avaliar pelo silêncio, a cidade nem deu por isso. Ou então, o que é mais provável, não deu importância ao sucedido, deslumbrada que anda com o seu próprio umbigo.
Sujo, como estão quase todas as esculturas da cidade, e votado ao abandono há pelo menos dez anos, o monumento ao poeta portuense tem servido de sanitário, lixeira, depósito de seringas e até, como foi relatado aqui, de local para uma festarola de promoção de uma marca de cerveja.
Com o decorrer do tempo raparam-lhe os motivos decorativos, da autoria de Henrique Moreira. Depois desapareceram as inscrições em bronze. Por último foi-se o busto que terá tido o destino de outra escultura outrora residente ali perto, A Anja de José Rodrigues, roubada e encontrada retalhada numa oficina, para derreter.
Embora não pareça, esta é a mesma cidade que, com outra gente menos bárbara, patrocinou a execução do monumento e o inaugurou no dia 26 de Março de 1927, ao som de A Portuguesa, executada pela banda do Asilo do Terço perante inúmeras individualidades portuenses.
A figura delicada do poeta do - título da única obra que viu publicada em vida - foi modulada em Paris, em 1892, por Tomás Costa, o escultor do Monumento ao Infante D. Henrique, no Porto. A partir daquele exemplar foi fundido o que se encontrava na Cordoaria, integrado num lugar de memória projectado por António Correia da Silva, o arquitecto do Mercado do Bolhão e do edifício da Câmara Municipal do Porto.

Para saber mais sobre o monumento a António Nobre clique aqui.

8.9.15

O presidente é fixe!

«O presidente é fixe!», ouvi ontem a alguém com quem comentei o desprezo com que a Câmara Municipal do Porto tem tratado o monumento a António Nobre, no jardim da Cordoaria. E concordo, mas há uma parte nada desprezível da máquina que o acompanha, que mantem e destila a incompetência que foi matriz da administração municipal liderada por Rui Rio durante dois mandatos - uma eternidade para quem se interessa pela coisas da cidade.


No Sábado passado, a par da festa da passagem do chamado mercado artesanal da Ribeira para a Praça de Parada Leitão, alguém decidiu que o local adequado para montar uma algazarra com luzes, uma batida ensurdecedora, e a publicidade a uma marca de cerveja (as cervejeiras estão sempre presentes no patrocínio deste tipo de desmandos, porque será?) seria... o monumento ao poeta do SÓ. Um triste corolário, digamos, perante a ignorância da cidade para com o monumento que há mais de dez anos serve de urinol e depósito de lixo.

Para ver o estado de abandono do monumento a António Nobre em 2011, prima aqui.

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