24.3.09
A Rua da Madeira
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Adenda - 26.3.2009
A beleza plástica da Rua da Madeira
A antiga Calçada da Teresa, que corria junto da Muralha Fernandina, hoje rua da Madeira, não se afirma, como outras ruas, pela nobreza das fachadas que aqui são corridas, funcionais, despidas de enfeites porque são apenas as traseiras das casas da rectilínea 31 de Janeiro. É antes pelas cores e pelo traçado, serpenteando encosta acima até à Batalha, e por aquele esguio e frágil casario apoiado num muro, a ameaçar ruir em qualquer momento, que poderemos aludir à beleza plástica da Rua da Madeira.
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Acerca de mim
- Carlos Romão
- Uma vida ao serviço da comunicação empresarial, como fotógrafo, videógrafo, designer gráfico e redactor publicitário.
Esta é uma perspectiva da Rua da Madeira que eu nunca tive a oportunidade de disfrutar. Estas fotos foram tiradas do telhado da Estação de S. Bento?
ResponderEliminarAqui se vê que a Rua da Madeira poderia ser de uma extraordinária beleza, se as suas arruinadíssimas casas fossem devidamente recuperadas. Uma delas parece estar a sê-lo; mas as outras, quando serão?
Belo e melancólico.
ResponderEliminarDenudado,
ResponderEliminaras fotos foram tiradas de uma janela da Estação de S. Bento.
O seu comentário suscitou-me a adenda ao post, que acabei de publicar.
Lina Faria,
partilho desse sentir de beleza e da melancolia concedida pela luz difusa do fim da tarde.
Carlos Romão,
ResponderEliminarNão me parece que as casas da Rua da Madeira (se não todas, pelo menos algumas) sejam apenas as traseiras das casas da Rua 31 de Janeiro.
Por um lado, as casas que se vêem nas fotos não parecem ter a profundidade suficiente para irem de uma rua à outra. As duas ruas não são propriamente paralelas, como o Calos dá a entender e muito bem. Na parte mais bojuda da Rua da Madeira, pelo menos, a distância entre ela e a Rua 31 de Janeiro parece ser bastante considerável.
Por outro lado, a Rua 31 de Janeiro é uma rua rectilínea, como diz, mas também é uma rua que apresenta um declive constante, dado que uma parte dela está assente sobre pilares. Em conformidade com este declive constante, as suas casas estão propositadamente dispostas de uma forma ordenada, em "degraus", compostos por 3 ou 4 casas cada "degrau". Isto é, as varandas de cada uma das casas da Rua 31 de Janeiro estão perfeitamente alinhadas com as varandas de mais duas ou três casas situadas ao seu lado. Só mais acima ou mais abaixo é que se verifica um desnível. Resulta daqui que a Rua 31 de Janeiro é uma rua que exibe uma grande harmonia arquitectónica, graças à "arrumação" assim feita.
Na Rua da Madeira, pelo contrário, as casas quase não têm qualquer espécie de alinhamento com as suas vizinhas. Não quer isto dizer que a Rua da Madeira não tenha também beleza. Tem-na, sem dúvida nenhuma, e poderia ter uma beleza incomparavelmente maior se os seus prédios fossem restaurados e as suas fachadas fossem pintadas, com cores capazes de realçar as características populares e eminentemente arcaicas da rua.
Um abraço
Denudado,
ResponderEliminarSe for ao Live Search Maps, em http://maps.live.com/ , poderá verificar, através de imagens aéreas muito interessantes, que as casas de 31 de Janeiro são as mesmas da Rua da Madeira, adaptadas com imensa habilidade às condicionantes que muito bem refere, como a curvatura da rua e o desnível do terreno. O uso do interior dos edifícios é que poderá ser diferente. Isto é verdade até ao começo da escadaria; a partir daí a rua diverge muito de 31 de Janeiro.
Um abraço
Se forem ao google earth, como eu fui, veem que as duas ruas não são exactamente paralelas, e as distancias entre as duas são irregulares.
ResponderEliminarParece-me que as da R. da Madeira não são as traseiras das da R. 31 de Janeiro, até porque são visíveis as entradas das casas daquela que serpenteia morro acima.
CR mandei-te uma foto via mail
th
Para mim, as casas da R. da Madeira sempre foram as traseiras das de S.to António. Sempre convivi com isso. Agora o que me espanta, é ver aquela rua retratada com tanta beleza!...
ResponderEliminarBoa tarde.
ResponderEliminarEstou a fazer um trabalho acerca do despovoamento do centro histórico do Porto. Será que me pode indicar as razões dessa mesma desertificação? E se possível soluções para inverter essa situação? Obrigado.
Gáspar Santos.
Olhando, olhos semi-cerrados, vêm-me à memória quadros de Vieira da Silva.
ResponderEliminarBj
Maria Mamede
Descobri este blog por casualidade,eu que amo a cidade do Porto a cada dia que passa, sinto-a mais degradada, mais abandonada, mais triste,mais suja.
ResponderEliminarÉ muito triste saber que quem deveria cuidar dela não lhe liga.
Será que o sr. Rui Rio passa pela baixa ou pela zona histórica depois das 9.00h? concerteza que não, porque até ele teria medo.
è mais fácil aos politicos tirarem as pessoas das cidades do que reabilitarem as casas.
Qual será o futuro desta cidade?
Será que os eleitores não vêm o que está a acontecer?
Será que há uma resposta?
Helena